7/01/2007

Rota das Noras e Azenhas

Caféde#Dom#07/06/03#07:30
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Se o primeiro passeio pedestre esteve a um nível elevado, agora suplantá-lo seria uma tarefa dificil...mas não impossivel! A Casa do Benfica iria provar que a Secção de Caminheiros está aí para durar!
O percurso delineado, 16 km de dificuldade alta, poderiam assustar alguns "maçaricos" que hoje se estreavam connosco. O tempo também poderia fazer alguns estragos na condição fisica - ligeiramente nublado, calor q.b., abafado. Mas estavam todos enganados. Hoje não havia lugar a claudicações. As palavras de ordem eram - Caminhar e desfrutar! E foi o que fizemos! E com maior ou menor dificuldade todos chegaríamos ao fim. Mas já lá vamos!


Briefing inicial e ala que se faz tarde - destino - vale do Ocreza entre as pontes da estrada de Caféde e a ponte do Salgueiro. Passadas que foram as hortas de Caféde e após algum tempo de passeio pelo caminho da Sra de Valverde, chegamos ao primeiro moinho ainda a funcionar. Breves palavras proferidas pelo seu orgulhoso dono e alguns flashes depois rumamos á estrada nacional, por onde caminhamos em direcção á Ponte. Aí começou a verdadeira aventura. Sem caminhos, trilhos ou mesmo veredas assinaladas, foi mesmo uma aventura abrir caminho por entre a vegetação, algo intensa nalguns locais, a par de algumas escarpas, belas na paisagem mas algo perigosas para os menos habituados a estas andanças. Em filinha "pirilau" lá transpunhamos os variados obstáculos, ora no cimo do monte, ora junto ao rio, começando o esforço a fazer-se sentir nas pernas e o calor a acentuar o desgaste fisico. Pelo meio ficariam algumas azenhas abandonadas, plenas de beleza, agora austera, memórias esquecidas de gentes laboriosas, que assim, retiravam da terra, o pão nosso de cada dia.E a ultima azenha, já bem perto da EN 112, surgia como um oásis de bonança, uma vez que ai nos esperava um lauto reabastecimento energético, que o corpo já reclamava.
Mas somente metade do passeio estava concluido. Era preciso voltar a Caféde se queríamos comer as sardinhas prometidas pela organização para o almoço. O calor começava-se a fazer sentir cada vez mais intenso e abafado. Agora esperava-nos uma bela subida de 1ª categoria, que acabou por provocar alguns estragos na condição fisica de alguns participantes, mas nada que a lembrança das sardinhas a pingar no pão desvanece-se de imediato. Vamos lá a trepar que o almoço arrefece!

E assim foi. Os cerca de 90 participantes chegaram por volta das 13.30 h a Caféde, cansados é certo, mas com uma alegria bem patente no rosto, com vontade de repetir a façanha noutras actividades do género. Para recordação ficam as belas paisagens, a agrura dos trilhos e as sardinhas e as febras a saltar para o prato, bem acompanhadas por uma salada de tomate, que aquela hora e depois de um esforço daqueles, como um amigo meu diz "souberam a pato!"


Até á próxima!


FMike :-)